Saturday, October 29, 2005
Friday, October 28, 2005
Sou o ultimo habitante da terra e este turbilhão de ideias, baralha-me...umas vezes mais ordenado do que outras, mas nunca lhe consigo encontrar alguma lógica ...
que é feito da calma que tive outrora?? que é feito do sorriso que me saía da boca sem nunca ser forçado?!?!
Será que algum dia me vou sentir alguém, outra vez?...
que é feito da calma que tive outrora?? que é feito do sorriso que me saía da boca sem nunca ser forçado?!?!
Será que algum dia me vou sentir alguém, outra vez?...
" 30 de Outubro
O "fim"!Deus não fez o milagre. Morreu hoje...Era a minha vida... morri também...
Morreu com as mãos apertadas entre as minhas... quasi com os lábios unidos aos meus...
[...]
1º de Novembro
A sua morte causou uma certa alegria... Nunca se lastima a ausência de uma intrusa...
15 de Novembro
Como posso estar vivo, se morri há já tantos dias!?..."
Mario de Sá-Carneiro em Crónicas de um suicidío anunciado
O "fim"!Deus não fez o milagre. Morreu hoje...Era a minha vida... morri também...
Morreu com as mãos apertadas entre as minhas... quasi com os lábios unidos aos meus...
[...]
1º de Novembro
A sua morte causou uma certa alegria... Nunca se lastima a ausência de uma intrusa...
15 de Novembro
Como posso estar vivo, se morri há já tantos dias!?..."
Mario de Sá-Carneiro em Crónicas de um suicidío anunciado
"7
Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro."
Mario de Sá-Carneiro
Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro."
Mario de Sá-Carneiro
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
Ou metade desse intervalo, porque também há vida...
Sou isso, enfim...
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato."
Wednesday, October 26, 2005
Em Pleno Romantismo
“ 15 Maio
A história do meu amor é bem simples: começou pela compaixão e terminou na paixão… na mais ardente paixão!... e, no entanto, não posso dizer que o meu amor seja eterno… A morte não poupa ninguém…
[…]
2 Junho
Ontem deitou sangue pela boca… Foi primeira vez…
[…]
30 Setembro (manhã)
Ontem passeei com ela, à noite, pelas ruas da quinta que o luar iluminava docemente. Fomos tão felizes…Arquitectámos projectos para o futuro… Para o futuro?!...
(tarde)
Recebi agora a noticia… Em resultado do ar húmido da noite, não pôde sair hoje do leito… Um resfriamento…
15 Outubro
As folhas das árvores começaram a amarelecer… a cair…
23 Outubro
Recolheu de novo ao leito. Já pressentiu o “fim”… entregou-se-me!... Foi minha… toda minha! … Que importa o resto?... que importa a vida? ”
Mario de Sá-Carneiro em Crónicas de um suicidío anunciado