Monday, March 27, 2006

wake up...

Ontem electrifiquei uma vela,
Meti-a num saco,
E fiz uma almofada.

Queria ver se tinha ideias luminosas durante a noite…

Tuesday, March 21, 2006

Hoje també encontrei este blog, nada melhor do que o dia da poesia para ter a sorte de encontrar um blog que lhe dedica o seu conteudo

Poesia & Lda.

homenagem incompleta...neste dia mundial da poesia

Álvaro de Campos, Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Al Berto, José Alberto Marques, Bocage, Valter Hugo Mãe, E.M. de Melo e Castro, António Ramos Rosa, Fernando Namora, Jorge de Sena, Almeida Garrett, Florbela Espanca, Luís de Camões, Boris Vian, Victor Hugo, William Blake, Sofia de Mello Breyner, Oscar Wilde.


E a todos aqueles que ainda não li, mas faço tenções de ler e descobrir
Historia da moderna poesia portuguesa

.Há os poetas dos poemas, (Pessoa;
Há os poetas poetas dos poemas, (Camões;
Há os peotas que querem ser poetas dos poemas, (Abade de Jazente, Marquesa de Alorna, Filinto Elísio, Tolentino, Correia Garção, Cruz e Silva;
Há os peotas-escritor, (Herculano, Garrett;
Há os poetas da poesia, (Florbela Espanca;
Há os poetas que sabem de poemas, (Castilho;
Há os poetas que sabem de poesia, (Garcia de Resende;
Há os poetas que vêem poesia, (Joseph Pereira Velozo, Frei Francisco da Cunha, José da Assunção;
Há os poetas intrínsecos, (Antero, Bocage;
Há os poetas dos outros, (“sic”, todos;
Há os poetas que são “pessoas”, (todos, “sic”
Há os poetas que os poetas amam em silencio, (Junqueiro, Gomes Leal, João de Deus, António Feijó, Eugénio de Castro;
Há os poetas de poetas, (Sá de Miranda;
Há os poetas-que-não-são-poetas-que-são-poetas, (Augusto Gil;
Há os poetas-que-não-escrevem-poemas-como-os-poetas, (Vieira;
Há os poetas dum livro, (...Clepsidra...;
Há os poetas dos contos, (Fialho, Raul Brandão;
Há os poetas das novelas, (Bernardim Ribeiro;
Há os poetas dos romances, (Júlio Dinís, Camilo;
Há os poetas que guardo no bolso de dentro, (Nobre, Cesário;
Há os poetas...que partem «tão fora de esperar bem», (João Roiz de Castelo Branco;
Há os poetas, os meus poetas, (Santa-Rita Pintor, Mário de Sá-Carneiro;
Há os poetas “Por esse mundo, ao Deus-dará da sorte;
Longe de ti, que és minha vida,
Perto de mim, que sou a minha morte!”, (Teixeira de Pascoais
José Alberto Marques
“Art is the only serious thing in the world. And the artist is the only person who is never serious.”

Oscar Wild
“Houve em tempos, no século dezanove, três poetas, a quem legitimamente compete a designação de mestres. São eles por ordem de idades, Antero de Quental, Cesário Verde e Camilo Pessanha. Com excepção de Antero, todavia dubitativamente aceite e extremamente combatido, coube a todos três a sorte normal dos mestres – a incompreensão em vida [...]” Fernando Pessoa

Saturday, March 18, 2006

reading

I can’t see through this fog and this state of sadness is making me a worm inside a refrigerator
This is why I read, I can be someone else for a while, I can simply, not be…

I don’t blame you, I blame myself for my irrelevant existence.
I’m the only one who can do it, that’s why it call’s suicide…

Friday, March 17, 2006

Aspiro o cheiro do tom ocre da ferrugem que me escorrega das mãos,
escrita simples, do ar que se eleva e me envolve

Wednesday, March 15, 2006

but it wasn't in vain... not for me

Oito anos deitada sem me conseguir levantar, sem ter sono que justificasse estar.
Apenas nos primeiros, um dormir leve e sem descanso, me acalmou para que pudesse, como anestesiada, recuperar de um pesadelo recente… dormitei levemente, com um acordar constante, sem entender que não devia estar deitada nesta cama.
Depois de me mentalizar que estava simplesmente a perder o sol que já ia alto lá fora, consegui sair debaixo destes lençóis, que apenas se mantinham confortáveis, mas sem lhes ver qualquer outro propósito… há muito que me pesavam demasiado em cima do corpo!
Fui à casa de banho, li a revista (velha por sinal) e aproveitei para refrescar a cara para acordar melhor. Mas era Inverno e eu descalça, gelaram-me os pés…
Pensei em voltar para debaixo dos cobertores quentinhos, esquecendo-me da dificuldade que tinha tido para sair…afinal era só para aquecer os pés, não precisava de estar preocupada!
Mais uns anos se passaram onde todas as tentativas racionais de me levantar e sair do conforto, do comodismo, foram em vão.

Medida drástica:
num impulso frenético levantei-me, desta vez sem me ocupar do frio, pés descalços ou nevoeiro que me pudesse tapar o raciocínio. Do fundo da cama puxei o lençol de cima, já era hora de sair deste sítio que só me fazia mal, me atrasou a vida e estava a apodrecer por dentro uma parte de mim.
Mudar de cama, fazê-la de lavado era o meu primeiro objectivo. Mas mesmo sem lençol, não compreendeste que eras tu quem me prendia a este estado de conformismo apodrecido, que aquela era a hora.
Arranquei o lençol de baixo, caíste para fora do colchão, mas como o tenho no chão, a queda foi pequena e obstinado, voltaste a subir. Foi preciso mudar a cama de sítio, de modo a que entrasse um pouco de luz nos teus olhos, deste sol que me alimenta, para compreenderes que dormir não é solução para isto

Eu quero, tenho, na minha cama um edredão quentinho, mas leve para que não me volte a pesar, a janela sempre entreaberta, para que não me esqueça que todos os dias o sol nasce e que lá fora há um universo para eu crescer…

Novembro/2005

Tuesday, March 14, 2006

madness...

foto by m


Loucura?! – Mas afinal o que vem a ser a loucura?...
Um enigma... Por isso mesmo é que às pessoas enigmáticas, incompreensíveis, se dá o nome de loucos...
Que a loucura, no fundo, é como tantas outras, uma questão de maioria. A vida é uma convenção: isto é vermelho, aquilo é branco, unicamente porque se determinou chamar à cor disto vermelho e à cor daquilo branco. A maior parte dos homens adoptou um sistema determinado de convenções:
È a gente de juízo...
Pelo contrário, um número reduzido de indivíduos vê os objectos com outros olhos, chama-lhes outros nomes, pensa de maneira diferente, encara a vida de modo diverso. Como estão em minoria... são doidos...
Se um dia porém a sorte favorecesse os loucos, se o seu número fosse o superior e o género da sua loucura idêntico, eles é que passariam a ser ajuizados: Na terra dos cegos, quem tem um olho é rei, diz o adágio: na terra dos doidos, quem tem juízo, é doido, concluo eu.

O meu amigo não pensava como toda a gente...
Eu não o compreendia: chamava-lhe doido... “

Loucura” de Mário de Sá-Carneiro

Saturday, March 11, 2006

in progress

Isto vai lá…é preciso é calma…
Ainda ontem meti um folheto do supermercado na tômbola para ver se ganho um vale de compras!!! Para ser sincera ACHO que eram compras…ou seria outra coisa qualquer do género de que toda a gente quer mas que não serve para nada?

Acho que sim, que isto é um bom progresso no meu processo de estupidificação comum!

Saturday, March 04, 2006

anaesthesia

a-n-a-e-s-t-h-e-s-i-a... não é anastasia...pelo menos ainda não...pode ser que lá chegue!!!

ando anestesiada, para ver se me esqueço de quem sou, do que ando aqui a fazer...

vou ligar o piloto automático ou tomar uns comprimidos, pode ser que seja mais facíl dormir...

Friday, March 03, 2006

format://

Formatar-me…sim, é de certeza a melhor maneira de passar a viver, sozinha de uma forma diferente…sozinha por dentro, igual aos outros por fora.

Já comecei o processo de transformação, ainda não se nota, mas cá dentro já está em fase de “certificação”.
Decidi voltar a ouvir só rádio, isto só para começar!
Aquelas musiquinhas que toda a gente ouve e que são iguais a todas as outras, que nada têm a acrescentar. Além disso, é muito mais cómodo não ter que procurar música nova e “comer” tudo o que a rádio me dá, até porque uma vez habituada a música nova e bem alternativa…vou a começando a ressacar quando não tenho nada de novo para ouvir.

Thursday, March 02, 2006

not me anymore, no more

Já não quero saber de ti, nem de ti e de ti muito menos, não quero saber de ninguém e que ninguém se interesse por mim!
Quero enfiar-me no buraco que inconscientemente escolhi para o meu futuro, porque nem nunca soube o que é pensar, para reflectir o que realmente queria, acho que nem nunca fiz grande esforço.
Agora, não que me sinta mais responsável, sinto que apenas devo assumir os meus erros, velhos e novos. Se forem dos que me influenciam a vida inteira que os viva sozinha, que os “pague” sem arrastar ninguém… muito menos tu…ou tu, que tanto me têm ouvido. É a minha penitência. Não sou católica, não acredito em deuses, mas a punição, acto de religiões, é coisa que tenho que me infligir já que não tenho coragem para virar o tabuleiro e recomeçar um novo jogo, simplesmente porque sou eu que estou a perder.